domingo, 11 de julho de 2010

A Vocação Monástica

Se o Padre, de algum modo, pode ser definido pela necessidade que têm os outros homens de sua ação santificante no mundo, isso é menos evidente num monge.

Hoje, no dia de nosso pai S. Bento, resolvemos postar algo para esclarecer o que é a vida monástica na Igreja e para a Igreja e Jesus Cristo.

A vocação dá testemunho da infinita transcêndencia de Deus, porque proclama em face do mundo que Deus tem o direito de separar alguns homens para que eles possam viver somente para Ele.

A essência da vida monastica é justamente esse abandono do mundo e de todos os seus desejos, ambições e interesses, a fim de viver não só para Deus, mas de Deus e em Deus, e não por alguns anos, mas para sempre!

A graça que chama um homem para o mosteiro exige mais do que uma transposição material de ambiente. Não há vocação monástica autêntica que não implique, ao mesmo tempo, uma completa conversão interior.

A característica essencial de uma vocação monástica é que ela atrai o monge para a solidão, para uma vida de renúncia e de oração, para procurar só a Deus. Onde faltam esses traços, a vocação pode, sem dúvida, ser religiosa, mas não é propriamente monástica.

A conversão interior que constitui o monge mostra-se externamente por certos sinais: Obediência, Humildade, Silêncio, Desprendimento, Modéstia, que podem resumir-se numa só palavra: PAZ!

O mosteiro é uma casa de Deus, por conseguinte, um santuário da paz. A vida monástica arde diante de Deus invisível como uma lâmpada defronte do tabernáculo. A mecha da Lâmpada é a fé, a chama é a caridade,e o óleo que alimenta a chama, é o sacrifício de si mesmo.

De todas as ordens religiosas, as ordens monásticas são as que possuem as mais antigas e monumentais tradições. Ser chamado a vida monástica é ser chamado a uma forma de santidade, enraizada na sabedoria de um distante passado e no entanto, viva e jovem.

Poderiamos melhor compreender a beleza da vocação religiosa se nos lembrássemos de que o casamento, é também vocação. A vida religiosa é uma forma especial de santidade, reservada comparativamente a poucos.

O caminho ordinário de santidade e de plenitude da vida cristã é o casamento. É no estado conjugal que em sua maioria os homens e as mulheres se tornarão santos. Os pais cristãos, se são fiéis as suas obrigações, cumprirão uma missão tão grande quanto consoladora: a de trazer ao mundo e formar almas jovens, capazes de felicidade e de amor, almas capazes de santificação e de transformação em Cristo.

Deus quis que em todas as vocações se manifestasse o seu amor no mundo. A diferença entre as vocações reside na diversidade dos meios que cada uma dá aos homens para descobrir o amor de Deus. Cada vocação tem por objetivo propagar a vida divina no mundo.

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