AS REFEIÇÕES NO TEMPO DE JESUS
Os costumes judaicos à mesa
É tendo como ponto de partida o texto do Novo Testamento que forneceremos detalhes dos costumes à mesa, no século I da nossa era. Para tanto esta exposição se articulará em três pontos:
- Os preliminares da refeição
- Os convivas
- Os ritos à mesa
- Os preliminares da refeição
Todos os preparativos de uma refeição judaica têm uma única finalidade, a pureza. Quer se trate do alimento ou dos utensílios da cozinha, da louça de mesa ou da qualidade dos convivas, a máxima atenção deve ser prestada à “pureza”.
· Três ritos de purificação
o “Lavar as mãos”
Esta prescrição é particularmente importante. O Talmude conta nada menos que seiscentas prescrições a esse respeito e um tratado (yadaim – mãos) é inteiramente consagrado às maneiras de proceder.
o “Ter feito abluções”
Esta prescrição era complementar da precedente: “Para (comer alimentos) não consagrados, do dízimo ou da oblação, basta lavar as mãos; mas para o que é santo deve-se tomar um banho” (Hag 1, 5).
o “Lavagem ritual das taças, vasos e pratos”
O judaísmo contemporâneo continua muito atento às prescrições que dizem respeito aos utensílios de cozinha e à louça. Existe até um ritual, chamado Choul´han Aroukh (a mesa posta), para dizer as disposições a serem observadas no tempo da páscoa.
· O ritualismo alimentar
As regras que regem a escolha dos alimentos, a distinção entre os que são puros ou impuros, são umas das mais consideráveis prescrições do judaísmo.
· O ritualismo pascal
Comer a páscoa supunha uma série de precauções. Entre as mais importantes, a purificação do velho fermento, as qualidades exigidas do cordeiro pascal e o destino de seus restos.
o Pães sem fermento
Ninguém devia guardar consigo ou continuar sendo proprietário da mínima parcela de fermento ou de produto fermentado durante toda a semana da páscoa.
o O cordeiro
“O cordeiro será macho, sem defeito e de um ano. Vós o escolhereis entre os cordeiros ou entre os cabritos, e o guardareis até o décimo quarto dia do mês” (Ex 12, 5).
Após a imolação do cordeiro e a sua consumação, lhe queimavam os ossos, tomando cuidado de não os quebrar (Jo 19, 36).
