
No século XIV diversos grupos de homens da Espanha, motivados pelo exemplo de vida e santidade de são Jerônimo, buscaram uma vida de maior perfeição cristã.
Deste desejo de reformas, numa época conturbada e decadente, surgiu a Ordem de São Jerônimo. Por toda a Península Ibérica surgem homens que abraçam a vida eremítica, buscando imitar são Jerônimo. Dentre eles destacaram-se Pedro Fernandez Pecha e Fernando Yañez de Figueiroa, que, após vários anos de experiência eremítica, concluíram ser melhor a vida cenobítica, com a adoção de uma regra.
Em 18 de outubro de 1373, o Papa Gregório XI lhes faz a ereção canônica, com o nome de Irmãos de São Jerônimo, outorgando-lhes a Regra de Santo Agostinho. Desde então buscaram aqueles homens estabelecer um monacato regular, o que foi alcançado em 1415, com a união da ordem, quando já possuíam vinte e cinco mosteiros.
No século XIX, a Ordem já possuía quarenta e oito mosteiros e cerca de mil monges, quando advindo da Revolução Liberal, os religiosos se viram obrigados a abandonar seus mosteiros, sendo que alguns se arruinaram, outros foram passados à outras ordens da Igreja, e outros ainda reduzidos ao uso leigo. Em 1925 foi expedido pela Santa Sé um rescrito de restauração, que se iniciou pelo mosteiro de Santa Maria del Parral, em Segóvia. Com a proclamação da restauração, o que se complicou ainda mais com a Guerra Civil Espanhola, entre 1936 e 1939. Somente após o Governo Geral de 1969 é que se pode efetivar definitivamente a restauração. Presentemente, há dois mosteiros da Ordem na Espanha: Mosteiro de Santa Maria del Parral e Mosteiro de São Jerônimo de Yuste, em Cáceres.