JAVISTA (J)
• Origem: reino do
Sul (Judá)
• Data: século X ou
IX a.C (cf. Gn 27,40 e 2Rs 8,20ss).
• Finalidade:
síntese teológica para responder aos problemas de seu tempo. A
promessa.
• Conteúdo: problema
das origens: origens do sofrimento e da morte.
−
Consequências da falta original (Caim, dilúvio, Torre
de Babel: antigas tradições).
−
Desenvolvimento da humanidade até os Patriarcas.
−
Patriarcas: da vocação de Abraão até a morte de José.
−
Unidade religiosa: Yahweh torna-se o Deus de Israel.
−
Universalismo: as outras nações usufruirão da bênção
de Abraão (Gn 22,18).
−
Moisés, criador da religião de Israel pela revelação
do Sinai.
−
Antropomorfismos: Deus aparece muito próximo do homem
e intervém de modo espetacular para salvá-lo.
−
Código legislativo da aliança Javista (Ex 34).
O Javista é usado no Gênesis, Êxodo e Números.
ELOÍSTA (E)
• Origem: reino do
Norte (Israel).
• Data: tempo de
Jeroboão II (século VIII).
• Conteúdo: (alguns
exemplos)
–
Gn 20: Abraão em Gerar.
–
Gn 22: sacrifício de Isaac.
–
Ex 20, 18–23,33: Código da Aliança.
–
Nm 12 (elementos da “lei da pureza”); 23
(elementos da “lei de santidade”).
• Características:
–
Espiritualidade de Deus: pouco antropomorfismo.
–
Impossibilidade de ver Deus (Ex 20,19).
–
Deus manifesta-se em sonhos.
–
Desconfiança do culto muito material.
–
A função essencial do sacerdócio seria fazer que os
homens conheçam a vontade de Deus.
–
Insistência nos deveres para com Deus, para com os
outros.
–
Decálogo, Código da Aliança.
–
A aliança (Abraão-Moisés) é o tema central da relação
entre Deus e o homem.
DEUTERONOMISTA (D)
• Origem: reino do
Norte, levado pelos levitas para Jerusalém após tomada de Samaria, em 721 a.C.
• Data: por volta
de 700 a.C., um trabalho de compilação das coleções jurídicas que as encaixa em
discursos, dando-lhes o sentido teológico e colocando-os na boca de Moisés.
Após 586 a.C., segunda edição e introdução do Deuteronômio no
conjunto javista e eloísta.
• Características:
vocabulário
− Jahveh, seu
Elohim.
− Apegar-se a
Deus.
− Guardar os
mandamentos.
− Fazer o que
é bem aos olhos de Jahvéh.
• Teologia:
− Jahveh é o
Deus único, o Deus espiritual.
− Nenhuma
imagem sensível.
− A Lei é o
sinal da Presença atuante de Deus.
− Eleição:Jahveh
escolheu seu povo. Promessa condicionada: se Israel for fiel.
− Deus
ciumento.
− Unidade do
santuário.
− História deuteronomista:escrita
à luz da doutrina de Dt: vai Josué até o fim dos Reis.
− O livro das
Crônicas imitará o exemplo.
• Origem: os
sacerdotes exilados de Jerusalém preparam a redação de uma história santa,
englobando um corpo jurídico polarizado no culto e destinado a preparar à volta
à Terra Santa.
• Data:
século VI
• Conteúdo:
A história sacerdotal: começa com o capítulo 1º do Gênesis (1,1
– 2,4a) e salienta as alianças de Deus com o homem.
−
Aliança com Noé (Gn 9,1-17).
−
Aliança com Abraão (Gn 17).
−
Aliança com Moisés (Ex 25 – 31).
Indica as condições da Aliança: respeito da vida, sábado e
circuncisão, pureza de culto.
−
Lei dos sacrifícios (Lv 1 – 7).
−
Lei da pureza (Lv 11 – 16).
−
Lei de Santidade (Lv 17 – 26).
−
A história sacerdotal continua nos livros de Josué,
dos Juízes e de Samuel.
Alguns estudiosos dividem em partes
diferentes de acordo com critérios
determinados. Alguns postulam a existência não de
um Pentateuco, mas um Hexateuco; outros ainda dividem formando o chamado
Tetrateuco.
HEXATEUCO: como o livro de Josué parece
continuar a narração dos acontecimentos após a morte de Moisés, a qual é
expressamente mencionada, alguns autores acharam que deveria juntar este livro
aos precedentes formando assim um Hexateuco.
TETRATEUCO: outros críticos recentes (Nyberg,
Noth-foto) pretendiam ao contrário destacar do Pentateuco o Deuteronômio que seria
considerado como o prefácio de uma grande obra histórica que iria de Moisés ao
exílio: Teríamos então apenas um Tetrateuco.