sábado, 24 de dezembro de 2011

CORDEL NATALINO DO CEARÁ




O Nascimento de Jesus


Autor: Euriano Sales


Dos doze meses do ano
O de dezembro é o mais bonito
Todo mundo prega a paz
Confraternizam em nome de Cristo
Mas ai daquele que não der um presente
Pode gerar até um conflito

É verdade, é assim que acontece
E por favor não me interprete mal
Pois esse mês tão lindo que eu disse
Também é o mês mais comercial
Nascimento de quem? Jesus?
Eu quero é meu presente de natal

Ninguem lembra do começo de tudo
Mas pode deixar, vou refrescar sua memória
Há muito tempo, lá em Belém
Deu início a essa bela história
Do verdadeiro dono da festa
Digno de toda honra e glória

Houve um período na história
Que Deus se calou pro seu povo
Foram cerca de 400 anos
Até surgir um profeta novo
O nome dele seria João
Responsável por esse renovo

Zacarias era um homem bem velho
E Isabel também bem veinha
Ter um minino nessa altura do campeonato
Só podia ser piada de vizinha
Mas como Deus não é homi de piada
Fez nascer justo de onde não vinha

Gabriel, o arcanjo do Senhor
Disse a Zacarias que ele ia se papai
O homi se espantou com aquilo
E achou que não, jamais
Gabriel olhou e disse pra ele:
Tu pensa que eu sou anjo paraguai?

Eu sou é servo de Deus
Que mandou esse recado trazer
Mas como você tá duvidando
Se prepare pro que eu vou fazer
Vai ficar sem falar uma ruma de dia
Até o minino nascer

E assim foi o acontecido
Isabel, bem veinha, embuchou
Zacarias continuava mudo
Mesmo assim a Deus adorou
A mulher já tava com seis meses
Quando o anjo do céu retornou

Mas dessa vez bateu noutra porta
Na de Maria, prima de Isabel
Ela era uma moça bem jovem
Abençoada por Deus, mulher fiel
Ele disse que ela ia ter um minino
Jesus, o nazareno, o Emanuel

Por ser virgem ela achou impossível
Mas não quis do senhor duvidar
Já José, seu noivo na época
O casamento ele quis cancelar
Mas o anjo explicou tudinho
E o homi se apressou pra casar


Deus quando fala, fala é direito
E toda promessa Dele é confirmada
Esse negócio que o Senhor mandou dizer
Sem confirmação é tudo furada
Tu acredita que Deus confirmou ainda mais
A promessa que já foi aprovada?

Maria foi visitar Isabel
E na chegada a cumprimentou
Isabel quando viu Maria
O minino no bucho balançou
Sabia nem que a outra tava gravida e disse:
Acredite Maria, no que anjo Falou.

Isabel teve o minino
E o povo doido pra saber o nome
Disseram pra por Zacarias Filho
Ela disse que era João e batista o sobrenome
Eles insistiram em chamar Zacarias
E o pai sem falar, escreveu sem cognome

Cognome é mesmo que apelido
Ele escreveu bem direitin o nome de João
Poderia ter escrito Joazin
Mas o anjo não tava de brincadeira não
Zacarias voltou a falar
E essa história correu a região

Naquela época também tinha IBGE
Que contava o tamanho da população
Mas se eu sou do ceará e morava em alagoas
A contagem não valia não
Tinha que voltar pra minha terrinha
E se apresentar ao escrivão

Foi numa dessa que nasceu Jesus.
José e Maria moravam em Nazaré
Foram a Belém pra tal contagem
150 kilômetros de viajem a pé
O jumentinho era só pra Maria
Coitado dos pés de José


A cidade tava lotada
Não tinha vaga em nenhum pensão
O minino se aprontou pra nascer
Maria já tava com um barrigão
Correram pra uma estrebaria
E cadê ter médico de plantão?

Jesus nasceu ali mesmo
Simples como devemos ser
Não teve médico, nem enfermeira
Mas Deus assim quis fazer
Pra servir de lição pra muitos
Que querem tanto aparecer

Deus se encarregou da Festa
Teve até chá de bebê
Fez nascer no céu uma estrela
Para que todos pudessem ver
Que ali nasceu o minino
Que por nós irá vencer

Três pastores ao ver a estrela
Se perguntavam o que era aquilo
O Anjo de Deus foi até eles
E disse: Rapaz, fique tranquilo
Nasceu o Rei de vocês
Vão lá visitar o pupilo

Os homens pensaram em palácio
E foram até o Rei Herodes
O perguntaram pelo rei que nasceu
- Que rei? Se eu sou o lorde?
O cabra ficou enjuriado
E Chamou o sacerdote

Me diga onde vai nascer o Messias
Fale logo que eu tô aperriado
Responderam que era em Belém
O cabra ficou agoniado
Chamou os pastores pra conversa
E mentiu bem descarado


Vão até lá e achem o minino
Depois voltem pra cá
Quero que me digam direitinho
Onde o Rei pode estar
Pois também quero ir
Me prostar e adorar

O pastores sairam dali
Acreditando que era verdade
O anjo de Deus os guiou
Há uma certa maternidade
Onde nasciam cavalos e bois
Dos homens daquela cidade

Belchior, Gaspar e Baltazar
Eram os nomes daqueleS senhores
Quando viram o minino ali
Sem luxo, riqueza e valores
Sentiram a presença de Deus
E choraram aqueles pastores

O chá de bebê de Jesus
Aconteceu naquele momento
Ao invés de fralda tinha ouro
De chupeta tinha incenso
Foi dado até um pote de mirra
Como forma de agradecimento

Deus disse pra eles em sonho
Pra mudarem o caminho da volta
Pois herodes estavam esperando
Armado com sua escolta
A fim de pegar o minino
E fazer uma reviralvolta

Deus disse também a José
pro egito ele fugir
Pois o rei ia matar
O bebê nascido ali
Jesus o nazareno
Descendente de Davi


Do Egito eles foram
Conforme disse a profecia
Para a terra de Nazaré
Onde ele cresceria
Foi batizado por João
O filho de Zacaria.

Essa sim é a história
Que todos devemos lembrar
Que eu saiba Jesus não era gordo
E de trenó não costuma andar
E foi dele o maior presente
A salvação que vamos herdar

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

ORDENAÇÃO PRESBITERAL

     No dia 17 de dezembro, em uma celebração campal ao lado da Igreja Matriz de Cristo Redentor, foi realizada a celebração Eucarística presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese Metropolitana de Fortaleza, D. José Luiz Ferreira Sales, CSSR, e concelebrada pelo Superior Geral do Instituro, Ir. Pe. Francisco Helton dos Reis Maia, NJ, onde foram ordenados quatro irmãos do Instituto Religioso Nova Jerusalém, a saber, Ir. Erasmo Carlos Holanda, Ir. Marcelino de Souza Santos, Ir. Marcus Aurélio Mariano e Ir. Paulo Henrique de Oliveira.

      Após a celebração, houve uma recepção no próprio mosteiro do Instituto, onde os membros do Instituto, familiares e os neo-sacerdotes acolheram os fiéis que vieram prestigiar os ordenados.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011


 As condições de vida do homem moderno sofreram tão profunda transformação  no campo social e cultural, que é lícito falar de uma nova era da história humana.

Cresce cada vez mais o número dos homens e mulheres, de qualquer grupo de nação, que tem consciência de serem os artífices e autores da cultura da própria comunidade.

Como fomentar o dinamismo e expansão  da nova cultura, sem deixar perder a fidelidade  viva à herança tradicional?
 
Quando o homem, usando as suas mãos ou recorrendo à técnica, trabalha a terra para que ela produza frutos e se torne habitação digna para toda a humanidade  está cumprindo a vontade de Deus que o mandou dominar a criação; cumpre também igualmente o mandamento de Cristo, de se consagrar ao serviço dos irmãos.

O progresso hodierno das ciências e das técnicas  que em virtude do seu próprio método, não penetram até as causas  últimas das coisas, pode sem dúvida dar azo a certo  fenomenismo e agnosticismo, sempre que o método de investigação de que usam estas disciplinas se arvora indevidamente em norma suprema de toda a investigação da verdade

A Igreja não está exclusiva e indissoluvelmente ligada a nenhuma raça ou nação, a nenhum gênero de vida particular  ou a um costume qualquer, antigo ou moderno.

Uma vez que a cultura deriva imediatamente da natureza racional e social do homem, tem uma constante necessidade  de justa liberdade  e de legítima autonomia, de agir segundo dos seus próprios princípios para se desenvolver.

À autoridade pública não pertence, porém, determinar o caráter próprio das formas de cultura, mas favorecer as condições e medidas necessárias para o desenvolvimento cultural de todos, mesmo das minorias  de alguma nação. 

Dado que hoje há a possibilidade de  libertar muitos homens da miséria da ignorância, é dever muito próprio do nosso tempo, principalmente para os cristãos, trabalhar energeticamente para que, tanto no campo econômico como no político, no nacional como no internacional, se estabeleçam os princípios fundamentais segundo os quais se reconheça e se atue em toda a parte efetivamente o direito de todos à cultura correspondente à dignidade humana, sem discriminação de raças, sexo, nação, religião ou situação social.

Será um dever para todos reconhecer e fomentar a necessária e específica participação das mulheres na vida cultural.

Ainda que a Igreja muito tem contribuído para o progresso cultural, mostra, contudo, a experiência que, divido a causas contingentes, a harmonia da cultura com a doutrina cristã nem sempre se realiza sem dificuldades.

Na atividade pastoral, conheçam-se e apliquem-se suficientemente, não apenas os princípios teológicos, mas também os dados das ciências profanas, principalmente da psicologia e sociologia, para que assim os fiéis sejam conduzidos a uma vida de fé mais pura e adulta.

Saibam conciliar os conhecimentos das novas ciências e doutrinas e últimas descobertas com os costumes e doutrina cristã, a fim de que a pratica religiosa e a retidão moral acompanhem nele o conhecimento científico e o progresso técnico e sejam capazes de apreciar e interpretar todas as coisas com autêntico sentido cristão (1Ts 5,21).
 
Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, [o Concílio Vaticano II] ensina que esta Igreja, peregrina na terra, é necessária para a salvação.

Por conseguinte, não poderão salvar-se aqueles que, sabendo que Deus a fundou por Jesus Cristo como necessária à salvação, se recusam a entrar ou perseverar na Igreja Católica
 
A Igreja Católica não rejeita nada que seja verdadeiro e santo nas religiões não-cristãs. Considera com sincero respeito esses modos de agir e viver, esses preceitos e doutrinas, que, embora em muito pontos difiram do que ela mesma crê e propõe, não raro refletem um raio daquela Verdade que ilumina todos os homens.No entanto, ela anuncia, e é obrigada a anunciar a Cristo, que é caminho, verdade e vida (Jo 14,6), no qual os homens encontram a plenitude da vida religiosa e no qual Deus reconciliou a si todas as coisas. 

Aqueles que ignoram sem culpa o Evangelho de Cristo e a sua Igreja, mas buscam a Deus na sinceridade do coração e se esforçam, sob a ação da graça, por cumprir na vida a sua vontade, conhecida através dos ditames da consciência, também esses podem alcançar a salvação eterna.

Sintetisado por Ir. Franklins Marques Torres, NJ a partir da constituição Gaudium et spes.